sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

A Carne

Foi quando se deu conta que nada mais fazia sentido naquele emaranhado de pensamentos.
Respirou lentamente, profundamente. Apertou os olhos como que para criar coragem e atirou-se escuro a dentro.
A boca cerrada, os braços abertos como se quisesse atráves daquele jesto abraçar o mundo inteiro.
Sentia o vento lhe açoitar o rosto e seus cabelos loiros dançavam no ar, derrepente eles ganharam vida e pareciam se exibir ao acaso.
os pés brancos e frios mantinham-se unidos e firmes como se ainda estivessem prezos ao chão. Mas no seu intimo ele sabia que nunca mais regressaria aquela terra, e lágrimas lhe escapavam pelos janelões da face banhando de sal cada centimetro do rosto tão cansado de representar.
Silêncio momentaneo enfim o barulho estrondozo do seu corpo esparramando-se no chão de um lugar que era simplesmente o mais absoluto NADA.

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